domingo, 5 de julho de 2009

CAMPEONATO ARGENTINO:VÉLEZ SUPERA GRANIZO,BATE O HURACÁN E FICA COM O TÍTULO

NEM CHUVA DE GRANIZO AFASTOU O TORCEDOR DO VELÉZ DA FINAL
MUITOS TORCEDORES USAVAM MÁSCARA POR CAUSA DA GRIPE
EQUIPE ARGENTINA COMEMORA GOL DE MAXIMILIANO MORALES
DEPOIS DO SUADO 1 X 0 AOS 38 DO 2º TEMPO,VEIO A COMEMORAÇÃO DO TÍTULO
Vélez Sarsfield supera granizo, derrota o Huracán e conquista o título argentino

Gol da suada vitória da equipe do bairro portenho de Liniers é marcado aos 38 minutos do segundo tempo

Em um jogo emocionante, com direito a erros de arbitragem, pênalti perdido, briga entre jogadores e até chuva de granizo, o Vélez Sarsfield reverteu a vantagem do Huracán - que tinha um ponto a mais - e derrotou o rival por 1 a 0, em casa, neste domingo, assegurando o título do Torneio Clausura do Campeonato Argentino 2009. O gol da suada vitória saiu apenas aos 38 minutos por intermédio de Maximiliano Moralez.
Apesar de atuar longe dos seus domínios e precisando apenas do empate para ser campeão, foi o Huracán, que antes dessa última rodada somava 38 pontos contra 37 do Vélez, que começou ameaçando. Aos oito minutos, Eduardo Dominguez, de cabeça, chegou a balançar as redes. No entanto, o árbitro anulou o gol marcando impedimento (inexistente).
Maximiliano Moralez é abraçado pelos companheiros de Vélez após gol do título
Granizo em Buenos Aires Aos 19, o lance mais curioso do jogo. Uma forte chuva de granizo interrompeu a partida no estádio Jose Amalfitani e obrigou jogadores e o trio de arbitragem correrem para o vestiário. Após 26 minutos de paralisação, a bola voltou a rolar.
E contando com o apoio da torcida, o Vélez retornou mais disposto. Aos 24, Martinez fez jogada individual pelo lado esquerdo e acabou derrubado pelo zagueiro Araújo. Pênalti. Na cobrança, no entanto, o artilheiro Hernán Lopez bateu mal e permitiu a defesa de Monzón que espalmou para escanteio. Na sequência do lance, Moralez quase marcou de cabeça, mas o lateral Arano salvou a pátria do Huracán em cima da linha.
Otamendi, do Vélez Sarsfield, disputa jogada com Federico, do Huracán (de branco)
No segundo tempo, o Vélez tentou pressionar o Huracán. No entanto, os visitantes, bem postados na defesa, iam segurando o resultado e ainda criavam boas oportunidades no contra-ataque. Mas aos 38, após lançamento da intermediária, o atacante Larrivey dividiu como goleiro Monzón em um lance que poderia ter sido marcada falta no goleiro. No rebote, Maximiliano Moralez chutou para o fundo das redes e fez a festa dos anfitriões. Na comemoração, ele tirou a camisa e, como já tinha cartão, acabou sendo expulso. No entanto, mesmo com dez homens, o Vélez cozinhou a partida - que foi até aos 58 minutos - e assegurou seu sétimo caneco argentino (1968, 1993, 1995, 1996, 1998, 2005 e 2009) e fez a festa da torcida do time do bairro de Liniers. Tristeza do Huracán que segue na fila: o último e único título da equipe na era profissional foi há 36 anos (1973).
No final da partida, uma confusão entre jogadores das duas equipes acabou custando caro para o zagueiro Sebá Dominguez, do Vélez. O ex-corintiano recebeu um soco e teve um corte no supercílio.

San Martín é rebaixado

O San Martín foi rebaixado à Segunda Divisão ao perder em casa para o Lanús, por 3 a 2, em outra partida deste domingo. A equipe, que estava na elite desde meados de 2008, acompanha o Gimnasia y Esgrima de Jujuy. As vagas serão ocupadas pelo Chacarita Juniors, que retorna após cinco anos, e o Atlético Tucumán, que subiu pela primeira vez na história.

BRASILEIRÃO 2009:OBINA MARCA 2 GOLS PARA O VERDÃO E COLOCA O TIME NO G 4

OBINA FOI O NOME DO JOGO,FEZ DOIS DOS TRÊS GOLS DO PALMEIRAS

Obina brilha, coloca Palmeiras no G-4 e afunda Avaí na Ressacada

Atacante alviverde marca dois na vitória por 3 a 0 sobre o time catarinense e paulistas voltam ao grupo dos quatro melhores do Campeonato Brasileiro

Obina chegou sob os olhares de desconfiança da torcida do Palmeiras e a proteção do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Mas no time paulista, o atacante parece ter espantado definitivamente o fantasma que o acompanhava nos tempos de Flamengo, quando chegou a ficar 17 jogos sem marcar. Na noite deste domingo, na Ressacada, ele foi o grande nome da vitória alviverde por 3 a 0 sobre o Avaí. Com dois gols, o camisa 28 assumiu a artilharia do time no Brasileiro, somando cinco no total, ao lado de Keirrison, que acerta os últimos detalhes para se transferir para o Barcelona.
Com a boa vitória, ainda sob comando o técnico interino Jorginho, o Palmeiras voltou ao G-4 do Nacional, ocupando a quarta posição. O time tem os mesmos 16 pontos do Vitória, mas os baianos levam vantagem no critério de desempate por terem uma vitória a mais -5 a 4.
Já o Avaí conheceu a sua segunda derrota em casa sob o comando de Silas, que dirige o time há um ano e quatro meses. E afunda no Brasileiro, com somente sete pontos na última posição.
Na próxima rodada, o Palmeiras, quem sabe de técnico novo, recebe o Náutico, sábado, no Palestra Itália. No mesmo dia, o Avaí enfrenta o Botafogo, na Ressacada.
Apesar de ter dito na última sexta-feira que entraria com Deyvid Sacconi, colocando Diego Souza ao lado de Obina, o técnico Jorginho mudou de ideia e optou por aquilo que chamou de “ataque lutador”. Assim, Ortigoza teve uma chance entre os titulares, e o camisa 7 acabou sendo recuado para a sua função. E deu certo. Logo aos seis minutos, Obina aproveitou arrancada palmeirense em velocidade e chutou cruzado contra o gol de Eduardo Martini. Mas a bola foi para a linha de fundo. O Avaí usava principalmente as descidas pelo lado direito alviverde, onde Fabinho Capixaba tinha dificuldades na marcação dos velozes Marquinhos e Muriqui. Mas a equipe falhava na finalização. Principal esperança de gols no ataque depois da saída de Keirrison, negociado com o Barcelona, Obina não decepcionou os palmeirenses que estiveram na fria Florianópolis. Depois de balançar na frente do zagueiro Ferdinando, ele foi derrubado na área. Na cobrança de pênalti, não deu chances ao goleiro Eduardo Martini e abriu o placar para os paulistas, aos 25 minutos: 1 a 0. Depois do gol palmeirense, o time da casa passou a se arriscar mais ao ataque. Numa cobrança de escanteio, aos 32 minutos, Marcos teve de se esticar para evitar o gol olímpico de Marquinhos. Aos 43, uma cabeçada de Émerson fez a trave do goleiro alviverde balançar. A resposta à pressão do time catarinense veio um minuto depois, com Ortigoza, que chutou cruzado e viu a bola passar perto da trave direita de Eduardo Martini. Na saída para o intervalo, muita reclamação dos jogadores do Avaí. O atacante William, que estava no banco de reservas, chiou e foi expulso pelo árbitro Evandro Rogerio Roman. Alheio às reclamações do time catarinense, Obina comemorou a boa fase que vem tendo com a camisa do Palmeiras –ele também marcou nos empates com o Atlético-PR e Santos, nas duas últimas rodadas. - Procuro fazer os gols para ajudar o Palmeiras. Espero sempre por uma boa oportunidade e nunca vou desistir – disse o atacante.

Obina melhor que Keirrison?

Na segunda etapa, o Palmeiras não deu chance para o Avaí tentar buscar o empate. Inspirado, Obina ampliou a vantagem paulista logo aos 8 minutos. Depois de cobrança de falta, Diego Souza deu um leve desvio de cabeça. Na sobra, o atacante, de carrinho, completou para fazer 2 a 0. Foi o quarto gol de Obina em nos últimos três jogos pelo Brasileiro. O empenho do atacante, que na chegada teve o presidente Belluzzo como escudo, acabou o colocando como artilheiro do time no Nacional, com cinco gols, ao lado de Keirrison, que já não joga mais pelo time. Com o segundo gol sofrido, Silas se viu obrigado a fechar um pouco mais o time, tirando o meia Marcos Winícius para a entrada do volante Bruno. Depois, colocou Caio no lugar do lateral Uedel. Assim, a equipe catarinense passou a pressionar mais. E encontrar mais vezes o goleiro Marcos na sua frente. Aos 20 minutos, Muriqui recebeu na meia-lua e bateu forte contra a meta palmeirense. Marcos teve de se esticar todo para espalmar para fora. Seis minutos depois, Léo Gago chutou cruzado, perto do travessão palmeirense. Assim, o Palmeiras passou a viver de contragolpes. E ampliou com Cleiton Xavier, aos 29 minutos do tempo final. Depois de jogada entre Fabinho Capixaba e Diego Souza, o camisa 10 aproveitou a sobra na entrada da área e chutou, sem chances para Eduardo Martini. O 3 a 0 fez com que a torcida do Avaí debandasse para fora da Ressacada. Quem ficou, gritou olé e aplaudiu a vitória alviverde.

BRASILEIRÃO 2009:GOIÁS VENCE RESERVAS DO CRUZEIRO(1 X 0 )

GOIÁS FAZ DEVER DE CASA E VENCE O CRUZEIRO QUE SÓ PENSE NA LIBERTADORES

Felipe, artilheiro do Brasileiro, despacha os reservas do Cruzeiro no Serra Dourada

Atacante do Goiás fez o seu sétimo gol no campeonato e garantiu o fácil 1 a 0 sobre os mineiros, que só pensam na final da Libertadores da América

O Goiás aproveitou que o Cruzeiro está com a cabeça na final da Taça Libertadores – contra o Estudiantes (ARG) – e ganhou fácil por 1 a 0, neste domingo, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Com um gol de Felipe, artilheiro isolado do Campeonato Brasileiro, o Alviverde nem teve muito trabalho para construir a vitória. Com o resultado, os donos da casa foram a 14 pontos e subiram da nona para a sexta colocação. O Cruzeiro, com 10, caiu de 11º para 13º lugar. Confira aqui como está a classificação.Na próxima rodada, as duas equipes jogarão no domingo. A Raposa fará o clássico com o Atlético-MG em Belo Horizonte, enquanto o Goiás visitará o Sport no Recife. Antes, na quarta-feira, os mineiros irão à Argentina para começar a decidir o título da Libertadores. A grande final da América será no dia 15 de julho, no Mineirão. Até lá, a Raposa deve continuar atuando com o time reserva no Brasileirão. Um jogo fácil para os donos da casa Poupando praticamente todos os titulares – em comparação com a partida diante do Grêmio, na última quinta-feira, em Porto Alegre, apenas o volante Fabinho estava no time que começou jogando com o Goiás –, o Cruzeiro teve dificuldade para se achar na partida. E os goianos foram para cima.
Logo aos dois minutos, Bruno Meneghel recebeu na área entre dois zagueiros. O atacante se livrou da marcação com apenas um toque e finalizou para a defesa de Andrey. O goleiro cruzeirense foi o grande destaque do início do jogo. Aos 12, Felipe foi lançado, dominou, ajeitou e concluiu. Andrey, de novo, pegou. Aos 16, Bruno Meneghel arriscou de longe e o camisa 12 espalmou mais uma. Um minuto depois, outro chute de Felipe e outra defesa de Andrey. De tanto insistir, o Goiás finalmente venceu a muralha. Em cobrança de falta, Felipe bateu forte e sem altura. A bola quicou na frente de Andrey, que não alcançou: 1 a 0. Como os dois jogadores que dividiam a artilharia com Felipe – Diego Tardelli (Atlético-MG) e Pedrão (que está trocando o Barueri pelos Emirados Ábares) – não marcaram na rodada, o camisa 11 do Goiás se isolou na artilharia, com sete gols. Confira a briga dos goleadores. Segundo tempo morno No segundo tempo, o técnico Adilson Batista trocou sua dupla de frente. Saíram Zé Carlos e Thiago Ribeiro e entraram Dudu e Rômulo. Mas não ajudou muito. A bola raramente chegava aos atacantes. Essa, aliás, foi a justificativa dos mineiros no intervalo para explicar a derrota momentânea. A marcação do Goiás funcionava bem e os meias do Cruzeiro tinham muita dificuldade para armar. Era tudo na base do chutão. As chances continuaram sendo do lado verde. Felipe e Bruno Meneghel tiveram outras oportunidades de ampliar, mas falharam no último toque. Mas nem era preciso. O inofensivo Cruzeiro não deu mostra, durante o jogo inteiro, de que iria ameaçar o gol de Harlei. O fácil 1 a 0 resolveu as coisas.

BRASILEIRÃO 2009:BOTAFOGO SEGURA O GALO MINEIRO COM 1 X 1

APESAR DE MUITA LUTA,O ATLÉTICO SÓ EMPATOU COM O LANTERNA

No Mineirão, lanterna Botafogo impõe respeito e segura o líder Atlético-MG
Empate por 1 a 1, no entanto, mantém os cariocas no fim da tabela

O clichê é inevitável. Jogando como um legítimo líder, o lanterna Botafogo encarou de igual para igual o Atlético-MG, primeiro colocado, diante de 48.651 torcedores em pleno Mineirão, e conquistou o empate por 1 a 1, neste domingo, pela nona rodada do Brasileirão. Éder Luís, de cabeça, abriu o placar para os donos da casa, e Juninho, em cobrança de falta, garantiu a igualdade. O resultado mantém o Glorioso na última colocação, com apenas sete pontos, mas ao menos devolve a auto-estima, combalida após duas derrotas, e faz valer o discurso de diretoria, comissão técnica e jogadores, de que a equipe “não deve nada aos rivais”. Por outro lado, o Galo se isolou na liderança da competição, com 18 pontos, mas depende do resultado da partida entre Internacional e Náutico, nos Aflitos, para saber se mantém a posição.
Na próxima rodada, o Botafogo encara o Avaí, sábado, às 18h30m (de Brasília), na Ressacada, em Florianópolis. Já o Atlético-MG tem o clássico contra o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Mineirão.

Lanterna com cara de líder

O discurso repetido por Ney Franco durante a semana contagiou os jogadores, e o Botafogo começou a partida no Mineirão como se fosse ele o líder jogando em casa. Com uma marcação forte no campo de ataque, o Glorioso surpreendeu o Atlético e se manteve no campo ofensivo nos primeiros minutos. Faltava, no entanto, criatividade para furar a defesa adversária. Acuado, o Galo apostava na velocidade da dupla de ataque para respirar. E a tática deu certo. Aos oito minutos, Éder Luís recebeu passe de Tardelli pela esquerda, mas a bola foi parar nas mãos de Castillo. No minuto seguinte, foi a vez de Carlos Alberto aparecer bem pela direita. O lateral cruzou rasteiro, Leandro Guerreiro se atrapalhou todo e deixou a bola para Renan, que emendou de primeira e acertou Juninho. Mais participativo, Diego Tardelli segurava a bola no ataque e, aos 13, foi derrubado por Eduardo na intermediária. Júnior cobrou a falta, e Welton Felipe, em impedimento, escorou para fazer o gol, bem anulado pela arbitragem. Era, no entanto, o sinal de que o Atlético não se deixaria levar pelo ritmo forte do Botafogo. Aos 14, o primeiro gol do jogo. Com liberdade, Carlos Alberto apareceu bem novamente pela direita e fez o cruzamento. Na marca do pênalti, Éder Luís se antecipou a Emerson e cabeceou no canto esquerdo de Castillo, que só observou a bola balançar as redes.
A desvantagem não abateu os cariocas. E, assim como o Galo, o Botafogo chegou ao empate em uma jogada que se repetiu em um curto espaço de tempo. Aos 18, Juninho cobrou falta de muito longe e obrigou Aranha e fazer boa defesa, colocando a bola para escanteio. Dois minutos depois, Jean Coral aproveitou desatenção de Alex Bruno para chutar com perigo. Aos 22, porém, Juninho teve nova oportunidade em bola parada, na mesma posição da falta anterior, e não perdoou. Com um chute forte, no canto direito, ele superou Aranha: 1 a 1 no placar.
Com o meio-campo povoado pelo esquema 3-6-1, o Glorioso levava a melhor em todas as disputas de segunda bola e por pouco não virou aos 25. Alessandro e Renato fizeram boa tabela na entrada da área. O lateral recebeu cara a cara com Aranha, mas concluiu na rede pelo lado de fora.
Dono do jogo, o Botafogo se mostrava consistente na defesa, mas não encontrava os espaços no ataque. Enquanto isso, o Galo seguia se garantindo nas jogadas individuais. Aos 34, Márcio Araújo fez fila e foi derrubado por Eduardo na meia-lua. Júnior cobrou mal a falta e desperdiçou a boa chance. Foi o último lance de perigo de um primeiro tempo em que o lanterna jogou como líder.

Galo melhora rendimento, mas tropeça em casa

Na volta para o segundo tempo, Celso Roth mudou o Atlético taticamente e igualou as ações. Com a entrada de Julio César no lugar de Renan Oliveira, o treinador mandou três atacantes para cima dos três zagueiros do Botafogo e tornou a equipe carioca mais precavida. Logo aos quatro minutos, Julio César arriscou da entrada da área, mas pegou mal na bola. Três minutos depois, o atacante atleticano mais uma vez perdeu uma boa oportunidade. Ele recebeu passe de Tardelli na pequena área e errou o chute. E, com todo gás, Julio César infernizou a defesa carioca também aos oito. O atacante levou a melhor em disputa pelo alto com Eduardo e obrigou Castillo a sair do gol para fazer o corte. A essa altura, o Botafogo praticamente não tinha passado do meio-campo, em panorama inverso ao da primeira etapa. Deslocado para o meio-campo, Júnior arriscou de longe aos17, e Castillo fez a defesa. Dois minutos depois, o lateral pentacampeão pela seleção cruzou no segundo pau, Diego Tardelli escorou de cabeça, e Alex Bruno chutou mal, para fora. Tardelli era o atacante do Galo mais efetivo. Aos 21, ele soltou o pé da intermediária e o goleiro uruguaio do Botafogo ficou com a bola. Foi quando finalmente o time carioca assustou. Em disputa com Welton Felipe, Jean Coral foi derrubado no bico da grande área. Juninho cobrou a infração com força e acertou a barreira.
A partir daí, o jogo se manteve equilibrado. Solto para criar, Júnior levantou a bola na cabeça de Julio César, aos 31, mas o atacante concluiu mal. No contra-ataque, Tony avançou pela direita e cruzou para a área. Alex Bruno se esticou todo e, com a ponta da chuteira, impediu o gol de Laio, que já saltava para escorar de peixinho. Aos 33, mais um round do duelo entre Aranha e Juninho. Pela quarta vez o zagueiro teve boa chance em cobrança de falta, mas foi superado pelo goleiro do Galo.
E a partida seguiu monótona até os dois minutos finais, quando Diego Tardelli, em bela jogada individual, só parou na frente do goleiro Castillo, aos 47. No pique final, o Botafogo por pouco não alcançou a virada. Laio puxou contra-ataque com muita velocidade e rolou para trás. A bola passou por toda a zaga do Galo e chegou para Alessandro, que emendou e carimbou Welton Felipe. Lances que comprovam o equilíbrio do Brasileirão, onde, mesmo em confronto do líder contra o lanterna, tudo pode acontecer.

BRASILEIRÃO 2009:CORITIBA FAZ 2 X 0 NO SÃO PAULO

MARCOS AURÉLIO COMEMORA GOL DO COXA EM CIMA DO TRICOLOR PAULISTA

Coritiba desbanca o São Paulo, respira e joga desespero para a equipe paulista

Vitória por 2 a 0 tira time paranaense da zona de rebaixamento. Apesar de ter mesma pontuação do Coxa, Tricolor namora a região que leva à Série B

O Coritiba voltou a reagir no Campeonato Brasileiro. E em grande estilo. Na tarde deste domingo, na capital paranaense, a equipe do Coxa venceu o tricampeão brasileiro São Paulo, que está longe de ser o mesmo que dominou o campeonato nas última três temporadas, por 2 a 0 e deixou a zona do rebaixamento. Embora as duas equipes estejam com a mesma pontuação, o resultado nesse jogo tem impactos totalmente diferentes nos clubes. Para o Coxa, que sobe temporariamente para a 12ª posição, deixando a incômoda área de queda à Série B, a vitória é como um fôlego a mais para mudar seu rumo no Nacional. Já para o Tricolor Paulista, atual 14º lugar, é definitivamente o sinal de alerta de que as coisas não estão bem em 2009. O tropeço do Tricolor em Curitiba ainda aumenta para nove o número de jogos que o clube não vence fora de casa. O último triunfo como visitante foi pelo Paulistão, no dia 25 de março, contra o Noroeste, em Bauru. De lá para cá foram três empates (São Caetano, Palmeiras e Avaí) e cinco derrotas (duas para o Corinthians, Independiente Medellín, Cruzeiro e Fluminense). E por falar em números, a vitória do Coritiba acaba com um jejum de cinco jogos (quatro derrotas e um empate) do time anfitrião quando recebe o São Paulo na capital paranaense. Keirrison, então, pode ser considerado pé-quente. O atacante, revelado no Coxa, esteve no estádio para acompanhar a partida e comemorou - ele espera para assinar sua transferência do Palmeiras para o Barcelona. Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Coritiba encara o Barueri, sábado, às 18h30m (de Brasília), fora de casa. O São Paulo, por sua vez, recebe o Flamengo, domingo, às 16h, no estádio do Morumbi, na capital paulista.
O São Paulo tentou tomar a iniciativa da partida, quando aos dois minutos tentou em cobrança de falta de Jorge Wagner que Vanderlei espalmou por cima do gol, mas não demorou muito para o Coritiba dominar o jogo. Depois de o duelo ser parado várias vezes até os cinco, os donos da casa foram soberanos. A primeira chance do Coxa ocorreu aos seis, quando o argentino Ariel aproveitou bobeira da zaga tricolor e chutou forte. Denis defendeu. Aproveitando-se da falta de criatividade do meio-campo tricolor, a equipe paranaense tocava bem a bola e arriscava de longe, como aos 13, em chute de Marcos Aurélio por cima. Do lado são-paulino quem mais se movimentava era Jorge Wagner. De volta ao time titular após três partidas, o camisa 7, por sinal, foi o responsável pela primeira boa do São Paulo na etapa inicial. Aos 15 minutos, ele chutou cruzado após tabelar com Borges. A bola passou rente à trave esquerda do goleiro Vanderlei. O lance poderia até dar a impressão que o Tricolor melhoraria no jogo, mas o Coxa estava melhor. Depois de arriscar com Leandro Donizete de fora da área, aos 15, os anfitriões chegaram ao gol aos 17. Marcos Aurélio recebeu na esquerda, se livrou de Zé Luís, deu corte em André Dias e bateu forte. Um golaço! (assista no vídeo acima)A desvantagem no placar fez o São Paulo ao menos tentar uma melhor movimentação. Porém, a forte marcação do adversário não permitia chegadas mais agudas dos visitantes. Aos 27, Hernanes conseguiu assustar em chute de fora da área, e, aos 34, Jorge Wagner obrigou Vanderlei a grande defesa. Só que a última chance do Tricolor no primeiro tempo foi desastrosa. Washington recebeu bom passe na grande área. Mas o camisa 9 se atrapalhou com a bola e perdeu ótima oportunidade. Foi a senha para a torcida são-paulina presente no Couto Pereira começar a pedir a entrada de Dagoberto.
A torcida do São Paulo pediu, o técnico Ricardo Gomes atendeu: colocou Dagoberto no lugar de Washington. Mas o Coritiba não deu tempo para o adversário tentar alguma reação. Fez logo o segundo gol. Aos dois minutos, o argentino Ariel recebeu passe dentro da grande área, girou em cima de André Dias e bateu colocado: 2 a 0. O panorama ficou ainda pior para o Tricolor aos 11 minutos. André Dias deu carrinho violento em Leandro Donizete na lateral esquerda e foi expulso pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden (veja no vídeo ao lado). Imediatamente, Ricardo Gomes chamou o zagueiro Renato Silva no banco de reservas e o colocou no lugar de Marlos. A equipe paulista, por conta da desvantagem numérica, teve ainda mais dificuldades para criar suas jogadas. Acuada no campo de defesa, sem espaço para sair, viu o Coritiba administrar a posse de bola e por pouco não marcar o terceiro aos 22, quando Cleiton furou, da pequena área, cruzamento de Marcelinho Paraíba. Bem superior, o Coxa teve nova oportunidade aos 28 minutos. Renatinho recebeu bom passe na esquerda da grande área e chutou cruzado. O atacante Ariel, porém, aparecia em melhor condição na pequena área. No lance seguinte, Marcelinho Paraíba avançou pela direita e por pouco não serviu o argentino.
Dagoberto, que entrou no lugar de Washington, foi criar sua melhor chance apenas aos 37 minutos, quando chutou de fora da área e obrigou Vanderlei a desviar. O São Paulo realmente não estava numa tarde inspirada e mais se segurou para não sofrer outros gols do que tentou uma reação. Afinal, estava com um a menos.

BRASILEIRÃO 2009:INTERNACIONAL VENCE O NÁUTICO EM RECIFE

NILMAR E GUINÃZÚ FORAM OS NOMES DO JOGO QUE LEVA O INTER AO TOPO

Nilmar devolve a liderança do Brasileiro ao Internacional, que bate o Náutico
Atacante marca os dois gols da vitória de 2 a 0

Como de hábito, Guiñazu foi um dos grandes guerreiros do Inter na vitória de 2 a 0
No duelo alvirrubro no Estádio dos Aflitos, neste domingo, Náutico e Internacional entraram em campo só querendo saber de vitória. O Colorado, que acumulou a derrota no primeiro jogo da final da Recopa Sul-Americana para a LDU por 1 a 0, em pleno Beira-Rio, com a perda do título da Copa do Brasil para o Corinthians no meio de semana, buscava recuperar a liderança do Brasileirão, ainda mais depois de saber do empate do Atlético-MG com o Botafogo por 1 a 1, no Mineirão. E conseguiu a sua redenção. Com dois gols de Nilmar no segundo tempo, venceu por 2 a 0 e chegou aos 20 pontos ganhos, dois a mais que o Galo.O Timbu mantém-se em 17º lugar, na zona de rebaixamento do Brasileiro. Com apenas oito pontos ganhos, acumula seis partidas sem vencer - cinco derrotas seguidas e um empate. O último triunfo foi no dia 24 de maio, quando bateu o Atlético-PR por 3 a 2, em Curitiba.
Na décima rodada, o Timbu vai a São Paulo encarar o Palmeiras, no próximo sábado, no Palestra Itália. O Colorado também vai atuar fora de casa: enfrentará o Atlético-PR na Arena da Baixada, no domingo.

Muita marcação

A partida, na verdade, foi uma grande decepção para o que se esperava. Com as defesas bem fechadas e muita marcação no meio-campo, os times tiveram poucas oportunidades de gol.
Mas o jogo começou com velocidade dos dois lados. Os dois times tinham pressa para chegar à vitória. O Inter com o já conhecido toque de bola que partia do meio-campo para municiar Taison e Nilmar. O Náutico explorava a rapidez de Johnny e Carlinhos Bala, que aos três minutos foi à linha de fundo e centrou com perigo para Gilmar, que não alcançou a bola. Dois minutos depois, desta vez pela esquerda, Carlinhos Bala arriscou de fora da área, mas em cima de Lauro.
Os donos da casa tentavam se impor. Nilson, escalado no meio-campo do Timbu, anulava D'Alessandro, enquanto Galiardo colava em Taison. Do lado colorado, Guiñazu tinha duro trabalho para conter o ímpeto de Carlinhos Bala. O tempo foi passando, e a dura marcação das duas equipes prevaleceu sobre as jogadas de ataque, o que deixou a partida bastante truncada. Se o Náutico buscava mais o ataque, o Inter tentava surpreender com velocidade.

D'Alessandro perde pênalti

E foi só aos 29 minutos que o Inter criou a melhor chance de gol. Taison roubou a bola no meio-campo e tocou para Nilmar, que lhe devolveu de calcanhar. A tabelinha continuou, Nilmar invadiu a área pela esquerda e recebeu carrinho lateral de Galiardo, que tocou primeiro na bola. Mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique considerou pênalti, só cobrado aos 31 minutos. D'Alessandro - personagem negativo na final da Copa do Brasil contra o Corinthians, quando arrumou confusão com William e acabou expulso - bateu mal, no canto esquerdo de Eduardo, que defendeu e teve o seu minuto de herói.
Aos 41 minutos, houve outro lance polêmico: Kleber centrou na área para Nilmar, que se antecipou à zaga do Timbu, invadiu e tocou para as redes, na saída do goleiro Eduardo. O árbitro marcou impedimento, mas o replay da TV mostrou que o atacante estava em condição legal.
O Inter, com Nilmar e Taison mais ligados no jogo, continuou a pressão no fim do primeiro tempo para abrir o placar, mas quem deu susto antes do apito final do juiz foi o Náutico, que demorou 45 minutos para criar, de fato, uma oportunidade de gol. Em um de seus avanços pela esquerda, o lateral Anderson Santana soltou a bomba de fora da área, que Lauro espalmou para escanteio. Àquela altura, a vitória de alguma das equipes seria injusta.

Gols de Nilmar

Na segunda etapa, o técnico Márcio Bittencourt mexeu no Náutico, trocando Johnny por Eduardo Eré. O time passou a explorar mais o lado direito, com Galliardo fazendo a vez de lateral. E o volante deu dois centros perigosos, aos 2 e oito minutos, que obrigaram Lauro a sair bem para defender.
Muito mais time tecnicamente, o Inter não conseguia encontrar espaços para criar. Esbarrava na forte marcação do Timbu, que também passou a dominar a partida. Tanto que o goleiro Lauro passou a ser personagem no segundo tempo: aos 20, saiu da área de carrinho para salvar o que poderia ser o gol de Carlinhos Bala - e até se machucou no lance. Aos 21, apareceu novamente em defesa sensacional me chute de Gilmar.
Preocupado, Tite resolveu mexer no Colorado, sacando os jogadores mais bem marcados pela defesa do Náutico. D'Alessandro foi trocado por Andrezinho, e Taison, por Alecsandro. Foi o momento em que brilhou a estrela do treinador. Aos 24 minutos, Andrezinho cobrou sua primeira falta, obrigando Eduardo a tocar para escanteio. E na bola parada saiu o gol: Andrezinho centrou, a bola resvalou na zaga e sobrou livre para Nilmar, com categoria, tocar para as redes, aos 25 minutos.
Pouco depois, a tacada final. Andrezinho lançou, Guiñazu pulou para fazer o corta-luz para Nilmar, que, impedido - num lance difícil para a arbitragem marcar -, mostrou sua categoria. Colocou pelo alto, à esquerda de Eduardo, sem defesa. Depois, saiu para a entrada de Bolaños, e nem era preciso fazer mais nada. O Inter com o bom toque de bola, guerreiro e mortal estava de volta à liderança do Brasileirão.

´BRASILEIRÃO 2009:GRÊMIO BATE O ATLÉTICO/PR

MAXI LOPEZ COMEMORA O SEU SEGUNDO GOL NA PARTIDA

Com três gols em 11 minutos, Grêmio goleia o Atlético-PR e acaba com jejum

Tricolor gaúcho, que não vencia há seis jogos, faz 4 a 1 com gols da dupla argentina Maxi López e Herrera. Furacão volta à zona de rebaixamento

Se havia alguma possibilidade de crise no Olímpico após a eliminação na semifinal da Taça Libertadores, o Grêmio, ao menos por ora, a afastou. E precisou de apenas 11 minutos: este foi o tempo que o Tricolor gaúcho precisou para fazer três gols, garantir uma ótima vantagem, e acabar goleando o Atlético-PR por 4 a 1, na tarde deste domingo, em Porto Alegre, pela nona rodada do Brasileirão. A equipe comandada pelo técnico Paulo Autuori também quebrou um jejum de seis jogos sem vitórias - três pela Série A e três pela Libertadores -, e subiu provisoriamente para a nona colocação, com 12 pontos. O Furacão, no entanto, permanece com oito pontos e volta à zona de rebaixamento, em 18º.
E se os gremistas estavam insatisfeitos com seus atacantes argentinos, que passaram em branco nos jogos decisivos contra o Cruzeiro pelo torneio sul-americano, neste domingo ninguém pôde reclamar. Maxi López fez os dois primeiros gols, enquanto Herrera completou o marcador. Rafael Moura descontou para os paranaenses.
O próximo compromisso do Grêmio é o Corinthians, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), também no Olímpico. Já o Atlético-PR recebe o Internacional na mesma data e horário.
Se o tom de protestos de pequena parcela da torcida, que gritava contra a diretoria, já incomodava antes do início do jogo, o Grêmio tratou logo de resolver a parada. Logo aos quatro minutos, Thiego fez belo lançamento para Souza, que deixou Fábio Santos livre no lado esquerdo da grande área. O lateral apenas rolou para Maxi López completar de canhota para o fundo das redes.
A comemoração veio em dose dupla, mas desta vez sem gol de algum adversário do Internacional. Aos seis, Fábio Santos aproveitou falha do zagueiro Antônio Carlos na cobertura, entrou livre pela esquerda, e cruzou na cabeça de Maxi López, à meia altura. O argentino não perdoou e marcou o seu quarto gol no Campeonato Brasileiro. Quando parecia que o Tricolor se acomodaria com a vantagem, uma trama rápida do ataque proporcionou o terceiro. Aos 11, Tcheco tabelou com Maxi López – a bola desviou em Antônio Carlos no meio do caminho –, e escorou para Herrera. O atacante deu um lindo drible em Rhodolfo e tocou na saída de Vinícius: 3 a 0. O Atlético-PR resolveu, então, sair para o jogo. E não demorou muito para diminuir. Em sua primeira real investida, aos 21, Márcio Azevedo passou com facilidade por Léo, invadiu a área pela ponta-esquerda, e rolou para trás. Marcinho tocou para Paulo Baier, que viu Rafael Moura livre – Túlio dava condição. O “He-man” dominou e chutou no canto direito de Victor.
O gol animou o Furacão, que ainda esbarrava em sua falta de criatividade para finalizar. Aos 26, um princípio de confusão envolveu Rafael Moura, que se exaltou após discussão entre Souza e Márcio Azevedo. O atacante empurrou o meia gremista com força e o jogou ao chão. Ficou só no amarelo. Quem chegou com mais perigo até o fim da primeira etapa foi o Grêmio, com Fábio Santos, em jogada de Maxi López, e Léo, de cabeça, após cruzamento de Túlio. Caixão fechado com goleada O técnico Waldemar Lemos, do Furacão, resolveu ousar para o segundo tempo. Não abandonou o esquema com três zagueiros, mas tirou o ala Zé Antônio para a entrada de Wesley. A mudança não surtiu efeito ofensivamente, mas ao menos o Grêmio não teve tanta facilidade para ficar com a posse de bola. A melhor chance nos minutos iniciais veio aos 12, com Márcio Azevedo, num chute de fora da área. Aos 19, outra substituição colocou o Furacão para frente: o atacante Patrick entrou no lugar do volante Chico. No Grêmio, Paulo Autuori foi cauteloso: Joílson e Maylson substituiram Fábio Santos, que fazia boa partida, e Souza, respectivamente. O Atlético-PR passou a gostar do jogo. Aos 31, com o Tricolor já postado na maior parte do tempo em seu campo defensivo, quase encostou no placar. Patrick invadiu a área, e poderia até ter chutado, mas preferiu rolar para o meio. A bola passou por Marcinho e sobrou para Wesley, que carimbou Réver. O Grêmio respondeu aos 35, em contra-ataque que resultou num chute perigoso de Maxi López.
O Grêmio usou a mesma arma para fechar o caixão. Aos 40, Maxi López fez boa jogada pela ponta-direita e cruzou rasteiro para Tcheco. O meia furou, mas a bola sobrou para Herrera estabelecer a goleada no Olímpico: 4 a 1. Apesar do resultado, os pouco mais de 12 mil torcedores continuaram erguendo cartazes que formavam a palavra “omi$$ão”, em crítica à diretoria do clube após a eliminação na Libertadores.